Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... (Aquarela – Toquinho)
O conceito de infância sofreu diversas modificações ao longo dos séculos. Houve um tempo em que a criança era considerada um adulto em miniatura, não havendo uma compreensão sobre suas características e necessidades desenvolvimentistas. Atualmente, a criança pode ser considerada o centro de muitas famílias, a ela é destinado um cuidado especial, tanto no nível de seu crescimento biológico, quanto emocional.
Mas, o que é a infância? Nos dias atuais, considero a infância como a etapa inicial da vida, em que a criança necessita de um ambiente familiar ou substituto que lhe proporcione os cuidados básicos para que ela cresça adequadamente. Contudo, isso não é suficiente. Tal ambiente precisa ser afetivo e conter figuras adultas que sustentem o desenvolvimento emocional infantil proporcionando cuidado, afeto, respeito e limites.
Ser criança é poder desfrutar da criatividade, fantasiar, sonhar, ter a possibilidade de brincar, cantar, dançar, correr, pular, cair e se machucar. É poder se alimentar, assistir desenho, ir à escola, aprender coisas novas, fazer amizades, brigar e fazer as pazes. Ser criança é fazer birra no supermercado, levar bronca dos pais, ser curiosa, rir de doer a barriga e doer a barriga de tanto comer.
A criança precisa ser respeitada em suas peculiaridades, inserida em seus direitos e deveres, privada de alguns excessos e orientada para qual caminho seguir. As crianças menores precisam muito do olhar e atenção dos adultos, precisam sentir-se seguras frente ao novo. Já as maiores, também necessitam da proteção adulta, mas essas iniciam um processo gradual de autonomia, tendo a necessidade de se arriscar em alguns momentos, fazer novas tentativas, às vezes errar e outras vezes acertar.
Apesar de existir um parâmetro geral sobre as diversas fases da infância, cada criança é única e é influenciada pelo processo cultural e histórico em que vive, o qual interfere no seu jeito de ser. Portanto, a criança também deve ser ouvida e ter a possibilidade de expressar seus sentimentos, é assim que ela aprende sobre o mundo, questionando, perguntando, por que ela quer entender, quer descobrir, quer SER CRIANÇA!
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Psicóloga Cláudia Yaísa
CRP 06/111120
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